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08/06/2015

"Quando aqui não estás"


Quando aqui não estás
Quando aqui não estás
o que nos rodeou põe-se a morrer
a janela que abre para o mar
continua fechada só nos sonhos me ergo
abro-a
deixo a frescura e a força da manhã
escorrem pelos dedos prisioneiros
da tristeza acordo
para a cegante claridade das ondas
um rosto desenvolve-se nítido além
rasando o sal da imensa ausência 
uma voz
quero morrer
com uma overdose de beleza
e num sussurro o corpo apaziguado
perscruta esse coração 
esse
solitário caçador

Al Berto
Amara Mourige