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25/08/2016

CUIDE DE VOCÊ.♥


Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto. Não se preocupe mais com ele e suas definições.

Cuide agora da forma. Cuide da fala. Cuide do cuidado. Cuide do carinho.

CUIDE DE VOCÊ. Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim poder começar a tentar fazer o outro feliz.(ou melhor, permita-lhe ser feliz com vc...)

Artur da Távola


Amara Mourige

12/02/2014

♥ permita-lhe ser feliz com vc...)


Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto. Não se preocupe mais com ele e suas definições.
Cuide agora da forma. Cuide da fala. Cuide do cuidado. Cuide do carinho.
CUIDE DE VOCÊ. 
Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim poder começar a tentar fazer o outro feliz.

(ou melhor, permita-lhe ser feliz com vc...)

Amara Mourige

23/03/2012

♥ "PER-DOAR" ♥


"PER-DOAR"
"... Aprendi, outro dia que perdoar
é a junção de " per " com "doar".

Doar é mais do que dar.
Doar é a entrega total do outro.
O prefixo "per" que tem várias acepções,
indica movimento no sentido "de"
ou em "direção" a ou "através"
ou "para" etimologicamente falando,
portanto, perdoar, quer dizer doar ao
outro a possibilidade de que ele possa amar,
possa doar-se.
Não apenas quem perdoa que se
"doa através do outro".
Perdoar implica abrir possibilidades de
amor para quem foi perdoado,
através da doação oferecida
por quem foi agravado.
Perdoar é a única forma de facilitar
ao outro a própria salvação.

Doar é mais do que dar: é a entrega total ...

Perdoar é doar o amor,
é permitir que a pessoa objeto do perdão
possa também devolver um amor que,
até então, só negara ...

Artur da Távola

Amara Mourige

14/02/2012

♥♥ O amor... Ah o amor...Hoje é um dia lindo... o AMOR está no ar!!!♥♥

Feliz Dia dos Namorados / Happy Valentine's Day
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções,
destrói preconceitos,
cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente...
Artur da Távola



Amara Mourige

12/02/2012

♥ CUIDE DE VOCÊ♥


Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto. Não se preocupe mais com ele e suas definições.

Cuide agora da forma. Cuide da fala. Cuide do cuidado. Cuide do carinho.

CUIDE DE VOCÊ. Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim poder começar a tentar fazer o outro feliz.(ou melhor, permita-lhe ser feliz com vc...)

Artur da Távola

Amara Mourige

16/07/2011

♥ Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor ♥

Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender

Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar:
aprenda a fazer bonito o seu amor. Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito.
Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito.
Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender.


Tenho visto muito amor por aí, Amores mesmo, bravios, gigantescos,
descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva,
mas esbarram na dificuldade de se tornar bonito. Apenas isso: bonitos,
belos ou embelezados, tratados com carinho, cuidado e atenção.
Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras.


Aí esses amores que são verdadeiros, eternos e descomunais
de repente se percebeu ameaçados apenas e tão somente
porque não sabem ser bonitos: cobram; exigem;
rotinizam; descuidam; reclamam; deixam de compreender;
necessitam mais do que oferecem; precisam mais do que atendem;
enchem-se de razões. Sim, de razões. Ter razão é o maior perigo no amor.
Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem) de reinvindicar,
de exigir justiça, equidade, equiparação, sem atinar que o que está sem razão talvez
passe por um momento de sua vida no qual não possa ter razão. Nem queira.
Ter razão é um perigo:
em geral enfeia o amor, pois é invocado com justiça mas na hora errada.
Amar bonito é saber a hora de ter razão.


Ponha a mão na consciência. Você tem certeza que está fazendo o seu amor bonito?
De que está tirando do gesto, da ação, da reação, do olhar, da saudade,
da alegria do encontro, da dor do desencontro, a maior beleza possível?
Talvez não. Cheio ou cheia de razões, você espera do amor apenas aquilo
que é exigido por suas partes necessitadas, quando talvez dele devesse pouco esperar,
para valorizar melhor tudo de bom que de vez em quando ele pode trazer.
Quem espera mais do que isso sofre, e sofrendo deixa de amar bonito.
Sofrendo, deixa de ser alegre, igual criança.
E sem soltar a criança, nenhum amor é bonito.


Não tema o romantismo. Derrube as cercas da opinião alheia.
Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça de quem você ama.
Saia cantando e olhe alegre.
Recomendam-se: encabulamentos; ser pego em flagrante gostando;
não se cansar de olhar, e olhar; não atrapalhar a convivência com teorizações;
adiar sempre, se possível com beijos, “aquela conversa importante que precisamos ter”,
arquivar se possível, as reclamações pela pouca atenção recebida.
Para quem ama toda atenção é sempre pouca.
Quem ama feio não sabe que pouca atenção pode ser toda atenção possível.
Quem ama bonito não gasta o tempo dessa atenção cobrando a que deixou de ter.


Não teorize sobre o amor (deixe isso para nós, pobres escritores que vemos a vida
como criança de nariz encostado na vitrine, cheia de brinquedos dos nossos sonhos):
não teorize sobre o amor, ame. Siga o destino dos sentimentos aqui e agora.


Não tenha mêdo exatamente de tudo o que você teme, como: a sinceridade;
não dar certo; depois vir a sofrer (sofrerá de qualquer jeito); abrir o coração;
contar a verdade do tamanho do amor que sente.

Jogue pro alto todas as jogadas, estratagemas, golpes, espertezas,
atitudes sabidamente eficazes (não é sábio ser sabido): seja apenas você no auge
de sua emoção e carência, exatamente aquele você que a vida impede de ser.
Seja você cantando desafinado, mas todas as manhãs. Falando besteiras,
mas criando sempre. Gaguejando flores. Sentindo o coração bater como no tempo
do Natal infantil. Revivendo os carinhos que instruiu em criança.
Sem mêdo de dizer, eu quero, eu gosto, eu estou com vontade.


Talvez aí você consiga fazer o seu amor bonito, ou fazer bonito o seu amor,
ou bonitar fazendo seu amor, ou amar fazendo o seu amor bonito
(a ordem das frases não altera o produto),
sempre que ele seja a mais verdadeira expressão de tudo o que você é e nunca,
deixaram, conseguiu, soube, pôde, foi possível, ser.


Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto.
Não se preocupe mais com ele e suas definições. Cuide agora da forma.
Cuide da voz. Cuide da fala. Cuide do cuidado. Cuide do carinho. Cuide de você.
Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor
e só assim poder começar a tentar fazer o outro feliz.

Arthur da Távola

Bom de mais!!!!
   Amara Mourige

12/06/2011

♥Quem namora ...♥

Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente...

Artur da Távola
Amara Mourige

15/02/2011

Se você não tem namorado é por que ainda não enloqueceu aquele pouquinho necessário.

                   Namorados

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namoro de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, de saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.

Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas, namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda, decidida ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição. Quem não tem namorado, não é que não tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter um namorado.

Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa é quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de durar.

Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas: de carinho escondido na hora em que passa o filme: de flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.

Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, fazer cesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira d'agua, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos e musical da Metro.

Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não chateia com o fato de o seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo, e quem tem medo de ser afetivo. Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e de medo, ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras, e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada, e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo da janela.

Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteira: Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.

Artur da Távola
                                     
Amara Mourige 

03/02/2011

❤ Quem namora... ❤



Quem namora...
Quem namora agrada a Deus.
Namorar é uma forma bonita
de viver um amor.
Namorados que se
prezem gostam de
beijos, suspiros,
morderem o
mesmo pastel,
dividir a empada,
beber no mesmo
copo.
Namora quem sonha,
quem teima, quem vive
morrendo de amor e quem
morre vivendo de amar.

Artur da Távola



Artur da Távola, o pseudônimo de Paulo Alberto Moretzsonh Monteiro de Barros, (Rio de Janeiro3 de janeiro de 1936 — Rio de Janeiro, 9 de maio de 2008) foi um advogadojornalista,radialistaescritorprofessor e político brasileiro.
Foi um dos fundadores do PSDB[1]. Era apresentador de um programa de música erudita na TV Senado.
Amara Mourige

14/01/2011

Um bom Amor aos que já têm! Um bom encontro aos que procuram! E felicidades a todos nós!

                       O AMOR

Por mais que o poder e o dinheiro tenham conquistado uma ótima posição no ranking das virtudes, o amor ainda lidera com folga. Tudo o que todos querem é amar. Encontrar alguém que faça bater forte o coração e justifique loucuras. Que nos faça entrar em transe, cair de quatro, babar na gravata. Que nos faça revirar os olhos, rir à toa, cantarolar dentro de um ônibus lotado. Depois que acaba esta paixão retumbante, sobra o que? O amor...
Mas não o amor mistificado, que muitos julgam ter o poder de fazer levitar. O que sobra é o amor que todos conhecemos, o sentimento que temos por mãe, pai, irmão e filho. É tudo o mesmo amor, só que entre amantes existe sexo. Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja. O amor é único, como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus. A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue, a sedução tem que ser ininterrupta. Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança acabamos por sepultar uma relação que poderia ser eterna.



Casaram. Te amo prá lá, te amo prá cá. Lindo, mas insustentável...
O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas! Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada, respeito. Agressões zero. Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência. Amor, só, não basta. Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver bom humor para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades. Tem que saber levar.

Amar, só, é pouco. Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas prá pagar. Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar. Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.

Entre casais que se unem visando à longevidade do matrimônio tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo prá cada um. Tem que haver confiança. Uma certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão. E que amar, "solamente", não basta.

Entre homens e mulheres que acham que o amor é só poesia, tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom, pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado. O amor é grande mas não é dois. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência. O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.



Um bom Amor aos que já têm! Um bom encontro aos que procuram! E felicidades a todos nós!
Autor: Artur da Távola
  
                       Amara Mourige

30/10/2010

Fazer o Amor Bonito ❤


Adoro as crônicas de  ( Artur da Távola ) são maravilhosas !! 
            Ele sabia  muito bem definir sobre o amor!!!!

FAZER O AMOR BONITO

Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar: aprenda a fazer bonito o seu amor! Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito. Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito. Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito. Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender.
Tenho visto muito amor. Amores mesmo, bravios, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva. Mas que esbarram na dificuldade de se tornar bonitos. Apenas isso: bonitos, belos ou embelezados, tratados com carinho, cuidado e atenção. Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras.
Amores verdadeiros, eternos, de repente e percebem ameaçados apenas e tão-somente porque não sabem ser bonitos: cobram; exigem; rotinizam; descuidam; reclamam; deixam de compreender; necessitam mais do que oferecem; precisam mais do que atendem; enchem-se de razões. Sim, de razões. Ter razão é o maior perigo no amor. Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem) de reivindicar, de exigir justiça, equidade, equiparação, sem atinar que quem está sem razão talvez esteja vivendo um momento no qual não possa ter razão. Nem queira. Ter razão é um perigo: em geral enfeia um amor, pois é invocado com justiça, mas quase sempre na hora errada. Amar bonito é saber a hora de ter razão. E é saber ter razão.
Você tem certeza de que está fazendo o seu amor bonito? De que está tirando do gesto, da ação, da reação, do olhar, da saudade, da alegria do encontro, da dor do desencontro a maior beleza possível? Talvez não. Cheio ou cheia de razões, você espera do amor apenas o que é exigido por suas partes necessitadas, quando, talvez, ele devesse pouco esperar, para valorizar devidamente tudo de bom que ele pode trazer. Quem espera demasias sofre, e, sofrendo, deixa de amar bonito. Sofrendo, deixa de ser alegre, igual, irmão, criança. Sem soltar a criança, nenhum amor é bonito.
Não tema o romantismo. Derrube as cercas da opinião alheia. Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça de quem você ama. Saia cantando e olhe alegre. Recomenda-se: encabulamento; ser pego em flagrante gostando; não se cansar de olhar, e olhar, não atrapalhar a convivência com teorizações; adiar sempre, se possível, com beijos, “aquela conversa importante que precisamos ter”; arquivar as reclamações pela pouca atenção recebida. Para quem ama, toda atenção é sempre pouca. Quem ama feio não sabe que pouca atenção pode ser toda a atenção possível. Quem ama bonito não gasta o tempo dessa atenção cobrando de quem deixou de manifestá-la.
Não teorize sobre o amor (deixe isso para nós, pobres escritores, que vemos a vida como a criança de nariz encostado na vitrina de brinquedos), não teorize sobre o amor; ame. Siga o destino dos sentimentos aqui e agora.
Não tenha medo, principalmente de tudo que você teme: a sinceridade; não dar certo; depois vir a sofrer (sofrerá de qualquer jeito); abrir o coração; contar a verdade do tamanho do amor que sente.
Jogue pro alto todas as jogadas, estratagemas, golpes, espertezas, atitudes sabidamente eficazes (não é sábio ser sabido); seja apenas você, no auge de sua emoção e carência, exatamente aquele você que a vida impede de ser. Seja você cantando desafinado, mas todas as manhãs. Falando besteira, mas criando sempre. Gaguejando flores. Sentindo o coração bater como quando esperava Papai Noel e temia vê-lo. Revivendo os carinhos que intuiu em criança. Sem medo de dizer eu quero, eu gosto, eu estou com vontade.
Talvez aí você consiga fazer o seu amor bonito, ou fazer bonito o seu amor, ou bonitar fazendo o seu amor, ou amar fazendo bonito (a ordem das frases não altera o produto). O seu amor precisa ser tudo o que você é, e, nunca: deixaram, conseguiu, soube, pôde ou foi possível.
Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto. Não se preocupe, pois, com ele e suas definições. Cuide agora da forma. Cuide da voz. Cuide da fala. Cuide do cuidado. Cuide do carinho. Cuide de você. Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do próprio amor e só assim tentar fazer o seu amor feliz.


Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar: aprenda a fazer bonito o seu amor! Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito. Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito. Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito. Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender.
Tenho visto muito amor. Amores mesmo, bravios, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva. Mas que esbarram na dificuldade de se tornar bonitos. Apenas isso: bonitos, belos ou embelezados, tratados com carinho, cuidado e atenção. Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras.
Amores verdadeiros, eternos, de repente e percebem ameaçados apenas e tão-somente porque não sabem ser bonitos: cobram; exigem; rotinizam; descuidam; reclamam; deixam de compreender; necessitam mais do que oferecem; precisam mais do que atendem; enchem-se de razões. Sim, de razões. Ter razão é o maior perigo no amor. Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem) de reivindicar, de exigir justiça, equidade, equiparação, sem atinar que quem está sem razão talvez esteja vivendo um momento no qual não possa ter razão. Nem queira. Ter razão é um perigo: em geral enfeia um amor, pois é invocado com justiça, mas quase sempre na hora errada. Amar bonito é saber a hora de ter razão. E é saber ter razão.
Você tem certeza de que está fazendo o seu amor bonito? De que está tirando do gesto, da ação, da reação, do olhar, da saudade, da alegria do encontro, da dor do desencontro a maior beleza possível? Talvez não. Cheio ou cheia de razões, você espera do amor apenas o que é exigido por suas partes necessitadas, quando, talvez, ele devesse pouco esperar, para valorizar devidamente tudo de bom que ele pode trazer. Quem espera demasias sofre, e, sofrendo, deixa de amar bonito. Sofrendo, deixa de ser alegre, igual, irmão, criança. Sem soltar a criança, nenhum amor é bonito.
Não tema o romantismo. Derrube as cercas da opinião alheia. Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça de quem você ama. Saia cantando e olhe alegre. Recomenda-se: encabulamento; ser pego em flagrante gostando; não se cansar de olhar, e olhar, não atrapalhar a convivência com teorizações; adiar sempre, se possível, com beijos, “aquela conversa importante que precisamos ter”; arquivar as reclamações pela pouca atenção recebida. Para quem ama, toda atenção é sempre pouca. Quem ama feio não sabe que pouca atenção pode ser toda a atenção possível. Quem ama bonito não gasta o tempo dessa atenção cobrando de quem deixou de manifestá-la.
Não teorize sobre o amor (deixe isso para nós, pobres escritores, que vemos a vida como a criança de nariz encostado na vitrina de brinquedos), não teorize sobre o amor; ame. Siga o destino dos sentimentos aqui e agora.
Não tenha medo, principalmente de tudo que você teme: a sinceridade; não dar certo; depois vir a sofrer (sofrerá de qualquer jeito); abrir o coração; contar a verdade do tamanho do amor que sente.
Jogue pro alto todas as jogadas, estratagemas, golpes, espertezas, atitudes sabidamente eficazes (não é sábio ser sabido); seja apenas você, no auge de sua emoção e carência, exatamente aquele você que a vida impede de ser. Seja você cantando desafinado, mas todas as manhãs. Falando besteira, mas criando sempre. Gaguejando flores. Sentindo o coração bater como quando esperava Papai Noel e temia vê-lo. Revivendo os carinhos que intuiu em criança. Sem medo de dizer eu quero, eu gosto, eu estou com vontade.
Talvez aí você consiga fazer o seu amor bonito, ou fazer bonito o seu amor, ou bonitar fazendo o seu amor, ou amar fazendo bonito (a ordem das frases não altera o produto). O seu amor precisa ser tudo o que você é, e, nunca: deixaram, conseguiu, soube, pôde ou foi possível.
Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto. Não se preocupe, pois, com ele e suas definições. Cuide agora da forma. Cuide da voz. Cuide da fala. Cuide do cuidado. Cuide do carinho. Cuide de você. Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do próprio amor e só assim tentar fazer o seu amor feliz.

Artur da Távola

                   
                
Amara Mourige
                

29/10/2010

❤ Amor Maduro ❤


                        
                        ARTUR DA TÁVOLA

O amor quando maduro não é menor em intensidade. Ele é apenas silencioso.
Não é menor em extensão. É mais definido colorido e poetizado.
Não carece de demonstrações. Presenteia com a verdade do sentimento.
Não precisa de presenças exigidas. Amplia-se com as ausências significativas.
O amor maduro tem e quer problemas, sim, como tudo. Mas vive dos problemas da felicidade.
Problemas da felicidade são formas trabalhosas de construir o bem, o prazer.
Problemas da infelicidade não interessam ao amor maduro.
Na felicidade está o encontro de peles, o ficar com o gosto da boca e do cheiro do outro - está a compreensão antecipada, a adivinhação, o presente de valor interior, a emoção vivida em conjunto, os discursos silenciosos da percepção, o prazer de conviver, o equilíbrio entre carne e espírito.
O amor maduro é a valorização do melhor do outro e a relação com a parte salva de cada pessoa. Ele vive do que não morreu, mesmo tendo ficado para depois, vive do que jamais fermentou, criando dimensões novas para sentimentos antigos, jardins abandonados, cheios de sementes. Até o amor por Deus, amadurece quando se aprofunda e estende.
O amor, qualquer amor, quando maduro, não pede, tem.
Não reivindica, consegue.
Não percebe, recebe.
Não exige, oferece.
Não pergunta, adivinha.
Existe, para fazer feliz.



Amara Mourige