Diz amor! essa voz da lira interna,
É suspiro de flor que o vento agita,
Vagos desejos, ânsia de ternura,
Uma brisa de aurora que palpita.
Como dorme inocente esta criança!
Qual flor que abriu de noite o níveo seio,
E se entrega da aragem aos amores,
Nos meus braços dormita sem receio.
O que eu adoro em ti é no teu rosto
O angélico perfume da pureza;
São teus quinze anos numa fronte santa
O que eu adoro em ti, minha Teresa!
São os louros anéis de teus cabelos,
O esmero da cintura pequenina,
trecho: Teresa, por Álvares de Azevedo
Amara Mourige ♥