12/02/2016

Fanatismo

Imagem: Tumblr

Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão de meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

Tudo no mundo é frágil, tudo passa...
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, vivo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!..."

(Livro de Soror Saudade, 1923)
Florbela Espanca

Florbela Espanca foi batizada como Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, foi uma poetisa portuguesa. A sua vida, de apenas trinta e seis anos, foi plena, embora tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de 
erotização, feminilidade e panteísmo
De ti somente um nome sei, amor.
É pouco, é muito pouco e é bastante
Para que esta paixão doida e constante
Dia após dia cresça com vigor!

Como de um sonho vago e sem fervor
Nasce uma paixão assim tão inquietante!
Meu doido coração triste e amante
Como tu buscas o ideal na dor!

Isto era só quimera, fantasia,
Mágoa de sonho que se esvai num dia,
Perfume leve dum rosal do céu...

Paixão ardente, louca isto é agora,
Vulcão que vai crescendo hora por hora...
O meu amor, que imenso amor o meu!

Leia mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=238 © Luso-Poemas
De ti somente um nome sei, amor.
É pouco, é muito pouco e é bastante
Para que esta paixão doida e constante
Dia após dia cresça com vigor!

Como de um sonho vago e sem fervor
Nasce uma paixão assim tão inquietante!
Meu doido coração triste e amante
Como tu buscas o ideal na dor!

Isto era só quimera, fantasia,
Mágoa de sonho que se esvai num dia,
Perfume leve dum rosal do céu...

Paixão ardente, louca isto é agora,
Vulcão que vai crescendo hora por hora...
O meu amor, que imenso amor o meu!

Leia mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=238 © Luso-Poemas
De ti somente um nome sei, amor.
É pouco, é muito pouco e é bastante
Para que esta paixão doida e constante
Dia após dia cresça com vigor!

Como de um sonho vago e sem fervor
Nasce uma paixão assim tão inquietante!
Meu doido coração triste e amante
Como tu buscas o ideal na dor!

Isto era só quimera, fantasia,
Mágoa de sonho que se esvai num dia,
Perfume leve dum rosal do céu...

Paixão ardente, louca isto é agora,
Vulcão que vai crescendo hora por hora...
O meu amor, que imenso amor o meu!

Leia mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=238 © Luso-Poemas
Amara Mourige

9 comentários:

  1. AS poesias de Florbela Espanca tem sempre uma grande beleza.
    Beijos,
    Élys.

    ResponderExcluir
  2. Linda poesia, mais uma bela escolha,Amara! bjs, tudo de bom hoje e nessa nova semana! chica

    ResponderExcluir
  3. Muito lindo e intenso, ela sabia transmitir
    seus sentimentos na ponta do lápis.
    beijinhos

    http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  4. Amara;
    Florbela Espanca foi uma mulher que viveu intensamente e muito à frente do seu tempo.
    Por isso os seus poemas além de belos são intemporais.
    Um beijinho

    ResponderExcluir
  5. Gosto muito da poesia da Florbela Espanca. Os seus sonetos são verdadeiras obras-primas.
    Bom fim de semana, querida amiga Amara.
    Beijo.

    ResponderExcluir
  6. Serdeczności Poland , ciekawa strona , piekne słowa Brawo ! Zapraszam
    http://www.skrzynkaintencji100.bloog.pl/

    ResponderExcluir
  7. Bela escolha de poema
    Flor Bela viveu em época difícil
    fosse agora, medicada corretamente poderia
    viver mais tranquila. Sempre duvido dos suicídios
    famosos. Sera que?
    bem, elas nos deixou lindas poesias
    bjs

    ResponderExcluir
  8. Olá, Amara.
    Ainda nem eu pensava vir cá parar a minha vida, em Portugal, e já amava Florbela e à sua poesia, desde que a descobri, na adolescência.
    Foi uma pessoa de personalidade cheia de força, força a mais para uma mulher nascida onde nasceu e na época em que nasceu e viveu.
    Mas, parecendo antagónico, apesar de sua força e rebeldia, era uma alma torturada, tantas vezes revelada na sua poesia.
    Daqui a cem anos ainda haverá quem leia Florbela e se apaixone por ela ;)

    deixo-te um bj amg

    ResponderExcluir