Imagem: Google
Ponho um ramo de flores
na lembrança perfeita dos teus braços;
cheiro depois as flores
e converso contigo
sobre a nuvem que pesa no teu rosto;
dizes sinceramente
que é um desgosto.
Depois,
não sei porquê nem porque não,
essa recordação
desfaz-se em fumo;
muito ao de leve foge a tua mão,
e a melodia já mudou de rumo.
Coisa esquisita é esta da lembrança!
Na maior noite,
na maior solidão,
sem a tua presença verdadeira,
e eu vejo no teu rosto o teu desgosto,
e um ramo de flores, que não existe, cheira!
Miguel Torga, in Diário I (1941, Coimbra, 7ª ed., 1989)
♥ ♥
cheiro depois as flores
e converso contigo
sobre a nuvem que pesa no teu rosto;
dizes sinceramente
que é um desgosto.
Depois,
não sei porquê nem porque não,
essa recordação
desfaz-se em fumo;
muito ao de leve foge a tua mão,
e a melodia já mudou de rumo.
Coisa esquisita é esta da lembrança!
Na maior noite,
na maior solidão,
sem a tua presença verdadeira,
e eu vejo no teu rosto o teu desgosto,
e um ramo de flores, que não existe, cheira!
Miguel Torga, in Diário I (1941, Coimbra, 7ª ed., 1989)
♥ ♥
♥Amara Mourige
Belíssima poesia e ler Torga é sempre assim! bjs praianos,chica
ResponderExcluirO amor ainda cheira mesmo com a pessoa
ResponderExcluirnão te querendo.
beijinhos
http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/
Que poster doce e suave de se ver e ler. Amei. Bjs
ResponderExcluirO amor deixa a sua perfumada marca em nossas lembranças. Lindo pema
ResponderExcluirBeijos amiga