Bloco da Solidão
Angústia,
solidão, um triste adeus,
em cada mão,
lá vai, meu bloco, vai
só desse geito,
é que ele saí
na frente, sigo eu,
levo o estandarte
de um amor
O amor que se perdeu,
no carnaval,
lá vai meu bloco
e lá vou eu, também,
mais uma vez,
sem ter ninguém,
no sábado, domingo,
segunda e terça-feira,
e quarta-feira, vem
e o ano inteiro,
é todo assim,
por isso, quando eu passar
batam palmas, prá mim.
Aplaudam, quem sorriu,
trazendo lágrimas, no olhar,
merece uma homenagem,
quem tem forças, prá cantar
tão grande é minha dor
pede passagem, quando sai,
comigo só, lá vai meu bloco vai.
Larará, larará, ...
(Evaldo Gouveia - Jair Amorim) 1971
Grav. Marlene (Todamérica) / Jair Rodrigues (Philips)
♥
♥Amara Mourige
Lindo este poema!O carnaval é lindo só na teoria e nos poemas ,na realidade ,eu que está muito violento.Beijos
ResponderExcluirE o Carnaval leva com ele o amor e traz a solidão. Por muito que se baile e cante, sem amor não nos realizamos...
ResponderExcluirBjo
Amara, carnaval rende poesia, canções, filmes com fatos tristes de amor, como essa letra de Evaldo Gouveia e Jair Amorim, dupla tão famosa nos carnavais de outrora! Porque não há mais músicas carnavalescas? Só samba enredo? Tudo muda o tempo todo! Grande abraço! Beijos!
ResponderExcluirAmara, minha linda amiga, agora coloquei seus dois blogs na minha lateral, assim não perderei mais suas belas novidades.
ResponderExcluirEu sempre estou para organizar isso e como a correria é grande, foi passando...mas, hoje já acertei.
Lindos versos e eu cantava tanto essa musica nos tempos do conservatório..nossa!!! Que saudades!!!
beijinhos,
Lígia e turminha:)